Academia Juvenil de Letras simula julgamento sobre obras de Monteiro Lobato

Data: 25/10/2012 | Autor: Câmara Municipal | Categoria: Notícias da Câmara

Academia Juvenil de Letras simula julgamento sobre obras de Monteiro Lobato

A discussão em torno de obras tidas como racistas do autor gera impasse no Supremo desde 2010

Os acadêmicos juvenis ocuparam o lugar dos vereadores na tarde desta quinta-feira (25). Mas, em vez de votarem projetos de lei, eles simularam um julgamento sobre a obrigatoriedade da obra “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato nas escolas.

Acompanhados pela professora Gislaine Buosi, os estudantes dividiram-se em dois grupos. O primeiro defendeu os ideais de desobrigação da obra, propostos pela Iara (Instituto de Advocacia Racial e Ambiental), enquanto o segundo propôs a continuidade do livro, conforme visão do Ministério da Educação (MEC).

O grupo do Iara argumentou que expressões preconceituosas contidas em “Caçadas de Pedrinho” podem confundir o estudante ainda em formação crítica. De acordo com o grupo, se a leitura precisa de supervisão adulta para ser compreendida, ela não deve fazer parte da lista de leitura obrigatória.

Além disso, dispensando a obra é possível abrir espaço para autores contemporâneos.

Já os defensores do MEC defenderam a obra de Lobato, ao afirmarem que as crianças nessa fase possuem também o estudo de história, o que lhes permite conhecer o contexto social sobre o qual o autor trata no livro. Eles ainda afirmaram que, se for preciso desobrigar a leitura de Lobato, outras obras também deveriam ser revistas.

Em uma discussão acirrada, a decisão ficou por conta de três acadêmicos, que desempenharam o papel de juízes. O trabalho deles não foi fácil, mas, com dois votos a um, o grupo que representa o Instituto venceu o julgamento.

A disputa

Em julgamento no Supremo Tribunal Federal desde 2010, a questão continua em impasse e, desde o final do mês passado, mais um livro de Monteiro Lobato entrou na mira do Instituto de Advocacia Racial (Iara). A entidade ajuizou uma ação na Controladoria Geral da União (CGU) contra Negrinha, livro de contos não infantis, publicado pela primeira vez em 1920.

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Leidiana Palma

Estagiário: Márcio Borges

ASCOM/Câmara

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