Monteiro Lobato é tema da Academia Juvenil de Letras

O autor, símbolo do pré-modernismo no Brasil, foi pioneiro na literatura infantil

Depois de estudarem os efeitos que as figuras de linguagem trazem ao texto literário e de produzirem microcontos, os acadêmicos juvenis retomam os estudos sobre as correntes literárias brasileiras e aprendem sobre o autor que foi marco tanto na literatura infantil quanto na crítica social.

O encontro, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (17), reuniu os estudantes com a acadêmica pouso-alegrense Josemaire Rosa Nery, que saudou os jovens pelos belos textos produzidos ao longo dos encontros este ano e que serão reunidos em um livro.

No início da aula, Jose contou aos acadêmicos juvenis um pouco da história de Monteiro Lobato. O escritor, nascido no interior do estado de São Paulo, teve sua produção marcada por obras como “Urupês”, “Cidades Mortas” e “Negrinha”. As histórias do caipira e matuto “Jeca Tatu” também são destaques nas narrativas de Lobato.

Já na literatura infanto-juvenil, segmento no qual foi pioneiro no país, o taubatense marcou gerações com as histórias da turma do Sítio do Picapau Amarelo. Personagens como a boneca f

alante Emília, o inteligente Visconde de Sabugosa, a cozinheira Tia Nastácia e as crianças aventureiras Pedrinho e Narizinho, tiveram suas histórias adaptadas para cinema e televisão.

O ponto alto do encontro foi a discussão que Jose propôs sobre o caso que envolve o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato. Uma determinação do Conselho Nacional de Educação pretende banir a obra das escolas públicas, alegando que há teor de discriminação racial, numa passagem em que a boneca Emília compara Tia Nastácia a um “macaco de carvão.”

O próximo encontro da Academia Juvenil de Letras está marcado para o dia 31 de agosto.

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Leidiana Palma

Estagiário: Márcio Borges

Ascom/Câmara