Trabalho de vereadores resulta na prisão de empresários suspeitos de desviar R$ 13 milhões em serviços de capina
Trabalho de vereadores resulta na prisão de empresários suspeitos de desviar R$ 13 milhões em serviços de capina
Na manhã desta quarta-feira, uma operação do Gaeco cumpriu dois mandados de prisão para pai e filho. Eles são proprietários de uma empresa que prestava serviços para prefeitura de Pouso Alegre entre os anos 2014 e 2016 na gestão do prefeito Agnaldo Perugini. A empresa é acusada de participar de um esquema que teria desviado mais de R$ 13 milhões de reais.
A investigação foi iniciada na Câmara em 2017, com o trabalho da Comissão Especial, na época composta pelos vereadores Bruno Dias como relator, Arlindo Motta Paes como presidente, Rodrigo Modesto como secretário e os vereadores André Prado e Oliveira Altair Amaral como membros.
O trabalho da Comissão durou seis meses e resultou num relatório com mais de 11 mil páginas. A conclusão da Comissão apontava dentre outros crimes, fraude na licitação, peculato, lavagem de dinheiro, pagamentos irregulares. O Operação do Ministério Público de Minas Gerais e o Ministério Público Federal, batizada de Operação Capina, foi iniciada após a Comissão Especial entregar ao MP os estudos que apontavam os supostos crimes cometidos.
A empresa Plenax era contratada pela Prefeitura de Pouso Alegre para fornecer serviços de mão de obra, com limpeza de terrenos, capina, porém a investigação concluiu que a empresa não tinha sequer funcionários e equipamentos suficientes para cumprir o serviço contratado. Em três anos da Gestão Perugini, a empresa Plenax recebeu mais de R$ 23 milhões da Prefeitura, porém nem todos os serviços foram feitos, como aponta o relatório da Comissão de Vereadores.
Nesta quarta, foi preso Igor Aparecido Floriano. Seu pai, José Floriano Filho, está com a prisão decretada, porém como está viajando, ele deverá se apresentar até às 18h. Caso ele não se apresente, será considerado foragido.
