Comissão aponta irregularidades em obra das galerias pluviais do Primavera

Depois de 180 dias de intenso estudo, visitas

in loco

e oitivas com servidores e engenheiros e análise de documentos os vereadores apresentam Relatório Final e a conclusão é clara: o projeto executado não tinha condições técnicas de acabar com os alagamentos.

A Comissão Especial que analisou as obras das bacias pluviais do Primavera é composta por Leandro Morais (PPS) como presidente, Arlindo Motta Paes (PSDB) como relator, Bruno Dias (PR) é o secretário e os vereadores André Prado (PV) e Oliveira (PMDB) como membros.

O documento foi lido na íntegra pelo relator Arlindo Motta Paes, na sessão ordinária desta terça-feira (24). O Relatório é composto por 55 páginas e apresenta o relato detalhado das atividades desenvolvidas pelos vereadores da Comissão. O Relatório Final agora será encaminhado ao Ministério Público Estadual e ao Executivo Municipal para que medidas cabíveis sejam tomadas.

Em diversos momentos, o Relatório mostra que a empresa executora da obra,  bem como a empresa de consultoria responsável para adequação do projeto, afirmavam que o projeto licitado não era adequado às necessidades locais. As mesmas chegaram a comunicar isso oficialmente por diversas vezes ao Executivo. Segundo documentos aferidos pela Comissão, as empresas informaram que o projeto da forma como estava não resolveria o problema. Porém, segundo os documentos, a decisão tomada pela Prefeitura se manteve firme na posição de não mudar o projeto.

A obra executada pela empresa Colymar e planejada pela empresa Cone PP, contratada pela Prefeitura e concluída no ano passado, deveria ter acabado com os alagamentos em ruas do Centro como Monsenhor Dutra, Bom Jesus, Comendador, Herculano Cobra e proximidades, porém os alagamentos continuaram ocorrendo; o que levantou suspeitas sobre o serviço. Os alagamentos nas ruas do Centro trouxeram, além do desconforto, prejuízos aos comerciantes e moradores.

A comissão especial de estudo foi criada em abril deste ano com a ideia de se estudar por que as chuvas continuaram causando alagamentos em ruas como Monsenhor Dutra, Comendador e Herculano Cobra mesmo após as obras de 2015 e 2016.

A Comissão teve seu prazo prorrogado para que os vereadores pudessem investigar melhor o assunto. Foram dezenas de reuniões, visitas nos locais das obras e colaboração da população. O relatório foi protocolado na Secretaria da Casa na última terça-feira, dia 17